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Um dos materiais mais utilizados em salas de aula na educação escolar pública, sem dúvida, é o Livro Didático (LD). Sua relevância é tanta em nossa cultura institucional, que está previsto como um direito constitucional dos educandos. Por isso, temos o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) que avalia e destina as obras didáticas, pedagógicas e literárias com finalidades de prática educativa às escolas públicas de Educação Básica das redes federais, estaduais, municipais e distrital, em que se inclui a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) (BRASIL, 2017). Contudo, será que existem livros próprios e adequados para as turmas de jovens e adultos?
 
Existem inúmeras situações em todo o nosso país, mas muitas instituições e professores da EJA utilizam os mesmos livros destinados para o ensino regular, por falta de disponibilização de materiais próprios para esta modalidade, a fim de suprirem uma falha nas políticas públicas voltadas à Educação. Sabemos que a abordagem de muitos LD dos anos iniciais do Ensino Fundamental, por exemplo, não é coerente com o perfil das turmas de jovens e adultos, logo há uma demanda para que haja as adequações das atividades por parte do professor.
 
Para que você compreenda melhor esse desacordo entre o LD feito especificamente para crianças e o uso com jovens e adultos, convido você a pegar um Livro Didático e folhear para ver como são apresentadas as atividades (figuras, vocabulário, forma de interação com o leitor, exemplos e atividades presentes, entre outros aspectos). Depois, reflita se você, enquanto adulto, se sentiria respeitado pela faixa etária, história de vida e conhecimentos acumulados ao longo de sua trajetória, ao receber uma das atividades propostas neste livro.
 
Em seus estudos sobre Livro Didático na EJA, Merli (2018, p. 249) concluiu que:
 
“[…] é necessário compreender o Livro Didático como parte da prática pedagógica, mas não como parte única; compreendê-lo como um dos elementos pedagógicos, pois nele constam memórias, elementos que podem trazer vida e realidade à aula do professor e à participação e aprendizagem do aluno. Hoje, o currículo deve ser visto como um elemento crítico, no qual aluno e professor possam construir juntos o conhecimento, sempre partindo do conhecimento teórico-científico que o professor traz consigo, mas utilizando do conhecimento que o aluno obteve em sua vivência. A partir disso, o Livro Didático pode ser um aliado, tanto ao influenciar com o conhecimento científico historicamente acumulado, [quanto] ao trazer elementos culturais da realidade do aluno, agregando um ao outro, construindo novos saberes e novas visões de mundo, para que dessa forma possam existir práticas emancipatórias dentro do contexto social e cultural onde aluno e professor vivem e convivem”.
 
Com essa análise, percebemos que há valor no Livro Didático e, sendo este um dos poucos recursos disponibilizados aos professores da EJA, em muitas escolas, se faz necessária a adaptação de atividades, exemplos, figuras e o que mais for necessário.

MAPA – PED – TEORIA E PRÁTICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – 51/2024

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