MAPA – NUT – NUTRIÇÃO HUMANA – 53/2023

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Já parou para pensar nos impactos da alimentação na saúde? Pensando em algo tão essencial para nossa existência e garantia de um desenvolvimento adequado, poderia fazer algum mal? 


Ao longo da história da alimentação, observamos mudanças no padrão alimentar do ser humano. De caçadores-coletores nos primórdios da humanidade, evoluímos para comunidades agrícolas fixas, cultivando plantas e criando animais para consumo, surgindo assim as primeiras civilizações. As produções agrícolas estavam ligadas à cultura e às regiões onde estavam fixadas as comunidades. À medida que as sociedades evoluíram, ocorreram avanços na tecnologia culinária, como o uso de panelas de barro, utensílios de cozinha e técnicas de fermentação que possibilitaram a transformação dos alimentos. O comércio e as rotas de exploração trouxeram novos alimentos para diferentes regiões. As mudanças mais significativas, entretanto, ocorreram com a Revolução Industrial no século XVIII, a mecanização e a produção em massa alteraram a forma como os alimentos eram cultivados, processados e distribuídos, surgindo a partir de então alimentos industrializados, processados, enlatados e refrigerados, que proporcionaram maior conveniência, mas também introduziram desafios relacionados à saúde e à nutrição. A globalização e os avanços tecnológicos, a partir do século XX, continuaram a transformar a forma como nos alimentamos. O rápido crescimento da agricultura industrializada, a expansão do comércio internacional e a disseminação de cadeias de fast-food impactaram os padrões alimentares em todo o mundo. O avanço da industrialização, a crescente urbanização e o ritmo acelerado da vida moderna também promoveram mudanças no comportamento alimentar, já que muitas pessoas têm se distanciado da produção de alimentos, preferindo refeições rápidas, lanches ou alimentos prontos para o consumo, em detrimento de frutas, vegetais frescos e alimentos minimamente processados.

Fonte: CASCUDO, L. C. História da alimentação no Brasil. São Paulo: Global Editora e Distribuidora Ltda, 2017.
MOZAFFARIAN, D.; ROSENBERG, I.; UAUY, R. History of modern nutrition science-implications for current research, dietary guidelines, and food policy. Bmj, v. 361, 2018.


O modelo alimentar atual, pautado no consumo de alimentos processados de alta densidade calórica e baixo valor nutricional, torna a alimentação desequilibrada, podendo levar a uma ingestão insuficiente de nutrientes essenciais para o organismo. O aumento significativo no consumo desses alimentos nas últimas décadas que, além de terem uma baixa qualidade nutricional, são ricos em aditivos químicos, açúcares, gorduras saturadas e sódio, tem sido associado a uma série de problemas de saúde, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Pensando no desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis ​​e na importância de uma alimentação balanceada, cada pessoa tem necessidades nutricionais diferentes, estando com saúde ou necessitando de cuidados especiais. O nutricionista é o profissional capacitado para avaliar o consumo alimentar, identificar possíveis deficiências nutricionais e adaptar a dieta de acordo com essas necessidades específicas, garantindo que os indivíduos recebam os nutrientes necessários para sua saúde e bem-estar. 

WHO. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity and Overweight, Who, 2021.


Digamos que você é o nutricionista de um centro de saúde e, em seu consultório, é procurado por uma mulher de 35 anos, que relata sentir-se constantemente cansada e sem energia. Sabendo da importância de uma avaliação adequada para identificar possíveis hábitos de vida prejudiciais, você inicia a avaliação perguntando sobre o padrão alimentar dessa pessoa, a fim de obter uma compreensão mais detalhada de sua dieta atual. Durante a entrevista, ela menciona que tem uma rotina bastante agitada, declara estar sedentária, pois não pratica nenhuma atividade física e não tem muito tempo para preparar suas refeições; por essa razão, muitas vezes consome refeições rápidas e frequentemente recorre a alimentos processados e fast-food. Ela também relata baixo consumo de frutas, vegetais e alimentos integrais. Além disso, menciona que evita laticínios e alimentos ricos em proteínas de origem animal devido a preocupações com a saúde, não se considera vegetariana e não substitui esses alimentos adequadamente em sua dieta.
 

Com base nessas informações e nos conhecimentos adquiridos na Disciplina de Nutrição Humana, você suspeitaria que essa mulher possa ter deficiências nutricionais? Conseguiria identificar deficiências com relação a certos nutrientes com base no relato dos seus hábitos alimentares? Poderia avaliar a ingestão dietética e promover ajustes no consumo alimentar, de acordo com as recomendações nutricionais específicas para essa paciente?  (Perguntas reflexivas)


Pensando nesse contexto, sabendo que, para ajustar a dieta da paciente é necessária uma avaliação mais aprofundada, você decide, então, realizar uma avaliação completa que inclui avaliação antropométrica (análise de peso e altura) para calcular o Índice de Massa Corporal (IMC) e verificação de sinais físicos de deficiências nutricionais (palidez, cabelos e unhas frágeis ou pele seca etc). Nessa avaliação você verifica que esta mulher tem 1,65m de altura e está pesando 63kg, apresenta-se pouco corada, com queda de cabelo e unhas quebradiças. Com base nos relatos da dieta atual e dos sinais de deficiência avaliados, você decide complementar a avaliação solicitando exames laboratoriais para obter informações mais precisas sobre possíveis deficiências nutricionais. Diante dos resultados da avaliação do consumo alimentar, antropométrica e bioquímica, você conclui que essa mulher apresenta deficiências no consumo de ferro, vitamina B12, cálcio e vitamina D. Então você explica para a paciente que essas deficiências podem estar contribuindo para sua fadiga e falta de energia e decide trabalhar em conjunto com a paciente para desenvolver um plano alimentar personalizado que atenda as suas necessidades nutricionais específicas, além de oferecer orientação sobre a importância de uma alimentação equilibrada, escolhas alimentares saudáveis ​​e mudanças de estilo de vida para promover uma nutrição adequada e melhorar os sintomas relatados.

Para a atividade proposta, você precisara aprofundar seus conhecimentos fazendo a leitura das Unidades 3, 4, 5, 7 e 8.

Utilizando os conhecimentos adquiridos durante a disciplina, com a leitura do livro e através das aulas conceituais ao vivo, considere o caso hipotético apresentado, analise e responda às questões descritas a seguir, a fim de identificar possíveis deficiências nutricionais associadas aos hábitos alimentares destacados na avaliação da paciente e, determinar as adequações necessárias para melhora do quadro clínico através da adequação às recomendações nutricionais, apresentando as respostas de forma sequencial nos locais indicados em seu formulário padrão da atividade mapa:

1 – ​APONTE as características do comportamento alimentar da paciente que estariam contribuindo para possíveis deficiências nutricionais e CORRELACIONE os sinais e sintomas apresentados pela paciente com seus hábitos e deficiências nutricionais. Consulte o Guia Alimentar da População Brasileira disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf.

2 – DETERMINE as necessidades nutricionais acerca da ingestão calórica diária necessária para essa paciente. Calcule o Gasto Energético Total (GET), demonstre o cálculo e justifique a escolha e vantagem da fórmula utilizada. Utilize o livro da disciplina para consulta.

3 – DESCREVA qual a recomendação de ingestão dietética diária dos nutrientes em deficiência (EAR, RDA, AI e UL), considerando o proposto pela Dietary Reference Intakes (DRIs). APONTE qual o valor de referência é o mais indicado para a análise individual e EXPLIQUE o uso de cada um dos valores EAR, RDA, AI e UL. Material de apoio: https://www.scielo.br/j/rn/a/YPLSxWFtJFR8bbGvBgGzdcM/.

4 – DESTAQUE possíveis consequências futuras à saúde da paciente associadas às deficiências nutricionais observadas, caso não sejam tratadas.

5 – ELABORE orientações nutricionais pertinentes às deficiências nutricionais observadas, destacando a importância de cada nutriente para a saúde, como prevenir deficiências e indicando as fontes alimentares dos nutrientes em questão (material de apoio: livro da disciplina + site: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/1806/1/UNIDADE_03.pdf).

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