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QUESTÃO 1

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DOMINANDO O DESENHO TÉCNICO: DAS PROJEÇÕES ÀS DIMENSÕES


DESVENDANDO AS DIMENSÕES NA ENGENHARIA

 
Antes de iniciarmos a jornada do desenho técnico, é importante compreender o papel vital que essa habilidade desempenha na engenharia. O desenho técnico é a linguagem universal que transcende as barreiras linguísticas e culturais. Ele permite que engenheiros comuniquem ideias complexas, projetem estruturas seguras e colaborem de maneira eficiente.
 
Imagine-se como um arquiteto do mundo físico, traduzindo conceitos abstratos em representações visuais tangíveis. O desenho técnico não é apenas uma ferramenta; é uma forma de pensar, uma maneira de enxergar o mundo com precisão. Cada linha e medida têm significado, e a clareza é fundamental.
 
À medida que avançamos nesta atividade, lembre-se de que você está dominando uma habilidade que o acompanhará ao longo de toda a carreira de engenheiro. Aprecie a jornada do desenho técnico, pois ela lhe abrirá portas para projetos emocionantes e impactantes na engenharia.
 
Agora, embarque conosco nesta exploração das dimensões e descubra como o desenho técnico molda o mundo ao nosso redor, tornando visível o que é invisível e transformando ideias em realidade.
 
 
 

ETAPA 1: A Precisão da Projeção Ortogonal no Desenho Técnico


 
A projeção ortogonal, também conhecida como projeção ortográfica, é uma técnica essencial no desenho técnico e na engenharia. Ela é usada para representar objetos tridimensionais de forma precisa e sem distorções em superfícies bidimensionais, como papel ou tela de computador. Essa técnica baseia-se em princípios geométricos que permitem a criação de desenhos técnicos altamente detalhados e legíveis.
 
A projeção ortogonal parte do conceito de diedros, que são ângulos retos formados por três planos perpendiculares entre si. Os principais planos de projeção ortogonal são o plano horizontal (ou de projeção), o plano vertical e o plano frontal. Esses planos são essenciais para criar representações claras de objetos tridimensionais em duas dimensões.
 

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Figura 1 – Representação do primeiro diedro para a construção das projeções ortogonais
Fonte: adaptado de: GISLON, J. M. Desenho Técnico e Construções Rurais. Indaial-SC.: Unicesumar, 2023.

 
As três vistas ortogonais mais comuns em um desenho técnico são:
 
Vista Frontal: também chamada de vista frontal ou vista de frente, essa projeção representa o objeto como se estivéssemos olhando diretamente para ele de frente. Ela fornece informações detalhadas sobre as dimensões horizontais e verticais do objeto.
Vista Superior: a vista superior, também conhecida como vista de planta ou vista de cima, mostra o objeto como se estivesse olhando de cima para baixo, perpendicularmente ao plano horizontal. Ela é útil para representar as dimensões horizontais e a disposição de elementos na parte superior do objeto.
 Vista Lateral Esquerda: a vista lateral esquerda, também chamada de vista lateral ou vista de perfil, mostra o objeto como se estivéssemos olhando para ele de lado, perpendicularmente ao plano vertical. Ela é valiosa para representar as dimensões verticais e a configuração lateral do objeto.
 
A combinação dessas três vistas ortogonais fornece uma representação completa e detalhada de um objeto tridimensional. Essas vistas são dispostas em relação ao objeto de forma a minimizar ambiguidades e a maximizar a clareza das informações. Além disso, linhas de projeção são usadas para conectar pontos do objeto nas diferentes vistas, garantindo que as dimensões sejam consistentes.
 

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Figura 2 – Exemplo de representação em projeção ortogonal em primeiro diedro
Fonte: adaptado de: GISLON, J. M. Desenho Técnico e Construções Rurais. Indaial-SC.: Unicesumar, 2023.

A projeção ortogonal é uma ferramenta essencial no mundo da engenharia e do design, permitindo que os profissionais comuniquem com precisão como um objeto deve ser fabricado ou construído. Devemos lembrar algumas regras ao se desenhar uma projeção ortogonal, sendo elas:

– A vista frontal é considerada a vista principal da peça e ela determina as posições das demais vistas.
– A vista superior sempre será representada abaixo da vista frontal e alinhada a ela. Sua largura máxima sempre será igual à largura máxima da vista frontal.
– A vista lateral esquerda sempre será representada à direita da vista frontal e alinhada a ela. Sua altura máxima sempre será igual à altura máxima da vista frontal.
– A altura máxima da vista superior sempre será igual à largura máxima da vista lateral esquerda.
 

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Figura 3 – Representação dos alinhamentos das vistas na projeção ortogonal
Fonte: adaptado de: GISLON, J. M. Desenho Técnico e Construções Rurais. Indaial-SC.: Unicesumar, 2023.

Atividade da ETAPA 1: Criando a Projeção Ortogonal


 
Agora, você enfrentará um novo desafio. Receberá vistas isométricas de peças complexas. Essas imagens tridimensionais são impressionantes, mas você precisa reproduzi-las de uma maneira diferente – em projeção ortogonal. Para isso, siga as instruções abaixo corretamente:

– Cada peça deve ser representada em uma folha de sulfite;
– Não será permitido entregar o desenho em folha milimetrada/quadriculada;
– Utilize folha de sulfite, tamanho A4 na posição paisagem (297 x 210mm);
– Faça as linhas de margem e a legenda em cada uma das folhas conforme ilustrado na figura 6;
– Em ambas as peças, verifique qual a melhor escala para a apresentação do produto;
– Faça a cotagem nas vistas de modo que haja medidas suficiente para a fabricação do produto.
 

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 Figura 4 – Primeira peça a ser desenhada em projeção ortogonal
Elaborado pelo autor.

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Figura 5 – Segunda peça a ser desenhada em projeção ortogonal
Elaborado pelo autor.

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Figura 6 – Exemplo de como deverá ser feito o desenho
Elaborado pelo autor.

ETAPA 2: A Importância da Perspectiva no Desenho Técnico


 
No desenho técnico, a perspectiva é uma técnica fundamental que permite representar objetos tridimensionais em uma superfície bidimensional, como uma folha de papel. Ela desempenha um papel crucial na comunicação de projetos, pois fornece uma representação visual realista de como um objeto ou estrutura aparecerá no mundo real. Existem diferentes tipos de perspectiva, cada um com suas próprias características e aplicações.
 
Perspectiva Cônica: a perspectiva cônica é um dos tipos mais comuns de perspectiva. Ela é frequentemente usada em desenhos arquitetônicos e artísticos. Nesse tipo de perspectiva, todas as linhas que são paralelas na realidade convergem para um único ponto de fuga no desenho. Isso cria uma sensação de profundidade e distância. Um exemplo clássico é a representação de uma estrada que se estreita à medida que se afasta.
 

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Figura 7 – Exemplo de perspectiva cônica
Fonte: GISLON, J. M. Desenho Técnico e Construções Rurais. Indaial-SC.: Unicesumar, 2023.

 
Perspectiva Axonométrica:
A perspectiva axonométrica é usada quando se deseja representar um objeto tridimensional de forma precisa, sem distorções. Ela é frequentemente usada em desenhos técnicos e de engenharia. Nesse tipo de perspectiva, todas as linhas permanecem paralelas no desenho, o que significa que não há pontos de fuga. Existem diferentes variações de perspectiva axonométrica, como a isométrica, a trimétrica e a dimétrica.
 

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Figura 8 – Exemplos de perspectivas axonométricas
Fonte: MONTEIRO, C. V. B. Desenho Técnico. Maringá-PR.: Unicesumar, 2018.

 
Perspectiva Oblíqua: A perspectiva oblíqua é uma variação da perspectiva axonométrica. Nesse tipo de perspectiva, uma das faces do objeto é representada de forma oblíqua (inclinada) em relação ao plano do desenho, enquanto as outras permanecem paralelas. Isso cria uma representação mais realista, especialmente quando se deseja enfatizar uma das faces do objeto.
 


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Figura 9 – Exemplo de perspectiva oblíqua, chamada de cavaleira
Fonte: PROVENZA, F. Desenhista de Máquinas. 46. ed. São Paulo: F. Provenza, 1991.

 
Perspectiva Isométrica: a perspectiva isométrica é um subconjunto da perspectiva axonométrica e é amplamente usada em desenho técnico e engenharia. Ela se destaca por representar todas as três dimensões de um objeto com proporções precisas. Na perspectiva isométrica, todas as linhas que não são paralelas aos eixos principais (x, y e z) são inclinadas a 30 graus. Isso cria uma representação tridimensional que não tem pontos de fuga, tornando-a ideal para desenhos técnicos em que a precisão é essencial.
 

Figura 10: Exemplo de representação isométrica.
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Figura 10 – Exemplo de representação isométrica
Fonte: GISLON, J. M. Desenho Técnico e Construções Rurais. Indaial-SC.: Unicesumar, 2023.

 
Um dos principais benefícios da perspectiva isométrica é que ela torna mais fácil medir distâncias e ângulos diretamente no desenho. Além disso, é uma ferramenta valiosa para representar objetos complexos, como máquinas e estruturas, de maneira clara e compreensível.
 

Atividade da ETAPA 2: A descoberta da projeção isométrica


 
Hoje, você está diante de algumas projeções ortogonais de peças sólidas. Essa representação técnica é crucial para entender como essas peças funcionam, mas você sente que falta algo: uma visão tridimensional clara. Sua tarefa é fazer a representação isométrica das peças a seguir. Para isso, siga as seguintes instruções:

– Cada peça deve ser representada em uma folha de sulfite.
– Não será permitido entregar o desenho em folha reticulada.
– Utilize folha de sulfite, tamanho A4 na posição retrato (210 x 297mm).
– Faça as linhas de margem e a legenda no em cada uma das folhas conforme ilustrado na figura 13.
– Em ambas as peças, verifique qual a melhor escala para a apresentação do produto.
– Não é necessário colocar as cotas nas vistas.
 
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Figura 11 – Primeira peça a ser representada em perspectiva isométrica

Elaborado pelo autor.

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Figura 12 – Perspectiva isométrica
Elaborado pelo autor
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Figura 13 – Exemplo de como deverá ser feito o desenho
Elaborado pelo autor.
 

FINALIZAÇÃO


 
Parabéns pela conclusão da atividade “Dominando a Linguagem do Desenho Técnico”. Ao longo desse percurso, você demonstrou comprometimento e dedicação ao explorar os conceitos fundamentais do desenho técnico. Agora, com novos conhecimentos em perspectivas, projeções ortogonais e normas técnicas, você está mais bem preparado para enfrentar os desafios da engenharia e do design.
 
Durante essa jornada, você não apenas adquiriu habilidades valiosas, mas também compreendeu a importância de representar objetos tridimensionais de maneira precisa em superfícies bidimensionais e vice-versa. Você internalizou a relevância das normas técnicas como guias para qualidade, segurança e compreensão universal. Isso não apenas fortalecerá sua carreira, mas também o tornará um comunicador eficaz em sua área de atuação.
 
À medida que você avança, continue explorando, aprendendo e aplicando os princípios do desenho técnico em seu campo. Assim, você se destacará como um profissional que não apenas domina sua área, mas também tem a capacidade de transformar visões em realizações concretas.

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