É o que você procurava?
Fale conosco para obter o trabalho completo, clique no botão ao lado
20 anos da Lei 10.639: conquistas e desafios para uma educação antirracista
(Reportagem publicada em Agosto de 2023). Em 2003, um importante avanço na luta antirracista no país foi concretizado: a implementação da Lei 10.639. A legislação tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, sendo elas públicas ou particulares, desde o ensino fundamental até o ensino médio. Mesmo após duas décadas da sua implementação, embora tenham ocorrido alguns progressos, a aplicação efetiva da lei ainda enfrenta desafios.
“É importante destacar que as diretrizes curriculares não dizem respeito somente à população negra, mas a toda população brasileira. Isso reflete um projeto de sociedade no qual todas as raízes étnico-raciais devem ser reconhecidas e respeitadas. A Lei proporciona uma oportunidade para a ampliação do conhecimento e para o estabelecimento de diálogos”, ressalta a professora, relatora e conselheira da Lei, Petronilha da Silva, ao dirigir-se para uma sala cheia, composta de alunos, professores e pesquisadores. […]
Em 2004, ano seguinte à implementação da lei, foram adotadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e cultura Afro-brasileira e Africana. Essa resolução foi o desdobramento do Parecer CNE/CP 3/2004, cuja relatora e conselheira foi Petronilha. As diretrizes estipulam as formas de como as questões étnico-raciais devem ser trabalhadas na educação. Uma das orientações é reconhecer e valorizar as raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas. “Inicialmente foi um trabalho de consultas, formal ou informal, com professores, estudantes, coordenadores de educação, pais de alunos, e outros. Foi um processo longo e o mais profundo possível”, conta a pesquisadora gaúcha sobre sua experiência em participar do processo.
Para Aretusa, uma das principais dificuldades é fazer com que os professores pensem, criticamente, a implementação da cultura afro-brasileira e africana nas suas salas de aula. Segundo ela, isso se deve à cultura europeia enraizada em nosso país. “Quem são os autores que estavam presentes na nossa graduação? Quando os analisamos, ainda percebemos um viés eurocêntrico muito marcante. Isso dificulta a adoção de uma abordagem crítica e ainda é algo que todos nós tendemos a normalizar”, destaca a professora que se concentra em pesquisas sobre o tema voltadas para a área infantil.
Em suas observações, ela também nota que os assuntos e estudos sobre a cultura afro-brasileira muitas vezes são limitados a um período específico, como o mês de novembro, durante a Semana da Consciência Negra, sem continuidade ao longo do ano letivo. Embora a Lei preveja um foco nos eixos de história, literatura e artes, segundo ela, sua aplicação deve ser efetivada em todas as disciplinas do currículo escolar.
“Para exemplificar, quando comecei a dar aulas em uma escola que já estudava a implementação dessas disciplinas, apesar de todo o diálogo, ainda existiam questões que eram deixadas de lado. Poucas eram as atividades com o tema, não tinham brinquedos pretos para as crianças. São detalhes que fazem a diferença para a construção da identidade da criança”, pontua. Apesar dos diversos desafios, a pedagoga expressa entusiasmo ao observar que o debate vem aumentando constantemente e a mudança curricular ainda está em processo.
Para o diretor de Ações Afirmativas, apesar das lutas constantes serem cansativas para muitos, são notáveis diversos avanços ao longo dos últimos anos. “Olhar para essa sala e ver ela cheia, com pessoas negras, é satisfatório, ainda mais para quem vem de uma outra época, onde o cenário era outro. É uma prova de que estamos no caminho.” Exemplificando esses avanços, Julvan ressalta a Lei de Cotas do Ensino Superior (Lei 12.711/12), que reserva 50% das vagas para alunos provenientes de escolas
MAPA – HIST – PRÁTICA DE ENSINO: VIVÊNCIA NO AMBIENTE EDUCATIVO – 52_2024
É o que você procurava?
Fale conosco para obter o trabalho completo, clique no botão ao lado
Trabalhos Relacionados:
![Uma vertente que tem se tornado cada dia mais popular no ensino de Língua Inglesa (LI) é o chamado English for Specific Purpose (ESP). “An ESP course is purposeful and is aimed at the successful performance of occupational](https://studeoavent.com/wp-content/uploads/2024/06/Banner-Neon-Gym-Miniatura-do-YouTube-Capa-para-Facebook-Banner-paisagem-Banner-para-YouTube.png)
Uma vertente que tem se tornado cada dia mais popular no ensino de Língua Inglesa (LI) é o chamado English for Specific Purpose (ESP). “An ESP course is purposeful and is aimed at the successful performance of occupational
Uma vertente que tem se tornado cada dia mais popular no ensino de Língua Inglesa […]
![MAPA – LET – PRÁTICA DE ENSINO DA LÍNGUA INGLESA II – 53_2024](https://studeoavent.com/wp-content/uploads/2024/06/Banner-Neon-Gym-Miniatura-do-YouTube-Capa-para-Facebook-Banner-paisagem-Banner-para-YouTube.png)
MAPA – LET – PRÁTICA DE ENSINO DA LÍNGUA INGLESA II – 53_2024
Uma vertente que tem se tornado cada dia mais popular no ensino de Língua Inglesa […]
![Leia o fragmento abaixo: The rooms and stables spacious were and wide, And well we there were eased, and of the best.And briefly, when the sun had gone to rest,So had I spoken with them, every one,That I was of their fellowship anon,And made agreement that we’d early riseTo take the road, as you I will apprise.Chaucer, Ge](https://studeoavent.com/wp-content/uploads/2024/06/Banner-Neon-Gym-Miniatura-do-YouTube-Capa-para-Facebook-Banner-paisagem-Banner-para-YouTube.png)
Leia o fragmento abaixo: The rooms and stables spacious were and wide, And well we there were eased, and of the best.And briefly, when the sun had gone to rest,So had I spoken with them, every one,That I was of their fellowship anon,And made agreement that we’d early riseTo take the road, as you I will apprise.Chaucer, Ge
Leio o fragmento abaixo: The rooms and stables spacious were and wide, And well we […]
Deixe um comentário